Reunião define estratégias de distribuição de mantimentos para vítimas da seca

Fonte: Agência Sergipe de Notícias

Foto: Ascom/Seplan 

A Secretaria de Estado do Planejamento (Seplan) coordenou na manhã desta sexta-feira, 3,  reunião que definiu a estratégia de distribuição de cestas básicas para vítimas da seca e alimento para o rebanho das áreas atingidas pela estiagem  em Sergipe. 

Em virtude da falta de chuvas, o estado de Sergipe teve declarada situação de emergência em 15 municípios sergipanos, dentre os quais Poço Redondo, Poço Verde, Monte Alegre, Canindé do São Francisco, Gararu, Porto da Folha, Nossa Senhora da Glória, no Território do Alto Sertão Sergipano; Feira Nova, no Território do Médio Sertão; Carira, Pinhão e São Miguel do Aleixo no Território do Agreste Central. O cronograma estabelecido prevê que no período de 6 a 17 de abril será feita a distribuição de cestas básicas. Já a distribuição alimento para os animais será de 20 a 24 de abril.

“Sergipe este ano está vivendo uma situação diferente dos outros estados do nordeste. E o que a gente quer é fazer essa grande mobilização entre o Governo do Estado e parceiros federais para que consigamos levar alimentação para as pessoas e para o gado, para ver conseguimos minimizar essa dor que o sertanejo está vivendo”, disse Eliane Aquino, Primeira Dama do Estado.

A secretária de Estado do Planejamento, Lúcia Falcón, detalhou algumas das medidas  iniciais. “A primeira providência foi buscar esses alimentos com a Companhia Nacional de Abastecimento. Vencida essa etapa, vamos agora montar uma força tarefa, buscar esses alimentos que não estão em Sergipe e fazer a distribuição”, disse. 

Operação

Para a distribuição, o Governo de Sergipe contará com o apoio do 28º Batalhão de Caçadores. “Nós vamos trabalhar com a mesma sistemática que usamos para a distribuição de água”, informou o capitão Cardoso, da assessoria de comunicação do 28º BC. A Defesa Civil vai coordenar a operação de transporte, de distribuição, e garantir que as famílias recebam as cestas de alimentos.  “Essa ação do Governo não só vai amenizar a situação das famílias, mas também salvar vidas”, afirmou Osvaldo Curvelo, técnico da Defesa Civil de Sergipe.

O Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra) já informou o cadastro das famílias assentadas. Já a Secretaria de Estado da Inclusão Social (Seides) vai levantar o cadastro social junto às secretarias municipais para acertar o processo de distribuição. “Estamos orientando os prefeitos para que trabalhem com um cadastro único da assistência social que é um cadastro dos grupos vulneráveis”, explicou.

Haverá ainda a distribuição de milho para 367 pequenos produtores nos municípios de Gararu, Porto da Folha, Itabi, Nossa Senhora de Lourdes, Canindé e Poço Redondo. “Em função da quantidade limitada do produto, nós vamos concentrar a distribuição, nos próximos trinta dias, nos seis municípios que fazem parte do Programa do Leite, que atende a agricultura familiar”, disse Jefferson Feitoza, presidente da Empresa de Desenvolvimento Agropecuário de Sergipe (Emdagro).

Plano Sertanejo

No final de mês de março, o Governo do Estado lançou o “Plano Sertanejo”, um conjunto de medidas emergenciais para minimizar os efeitos da prolongada estiagem. 

Além da distribuição de cestas básicas e ração para os animais, estão incluídas no plano medidas como a concessão de uma linha de crédito específica, pelo Banese, no valor de R$ 20 milhões para a agricultura familiar. O limite é de até R$ 20 mil por agricultor. Também está prevista a liberação do pagamento do Seguro Safra para os agricultores da região, recuperação de poços e aguadas para preparar para a chegada do período de chuvas e o conseqüente aproveitamento eficiente de toda a água por mais tempo. 

Com relação ao abastecimento de água, ficou definido que a Deso reduzirá em 50% o custo da água usada pelos caminhões-pipa, além de uma ação estruturante com a disponibilização de 95 mil horas de serviço de trator para que os pequenos agricultores possam preparar a terra em tempo hábil para receber as chuvas. Ainda haverá a distribuição de 900 toneladas de sementes certificadas e a implantação de um banco de sementes, dentre diversas outras medidas para minimizar os efeitos da seca.