Situação do PRONAF, grupo B, em discussão

Por Weber

No dia 27 de janeiro foi realizada um reunião de estratégia para divulgação da situação do PRONAF grupo B no Município de Monte Alegre de Sergipe.

Na reunião estavam presentes representantes do MDA (Ministério do Desenvolvimento Agrário), Agentes financeiros, Sindicatos, EMDAGRO, Secretaria Municipal de agricultura e os Presidentes das Associações.

Segundo José Anselmo Alves dos Santos, representante do MDA, o número de operações inadimplentes no Município é de 1.496, que corresponde a uma taxa de 44,06%. O público inadimplente é formado por agricultores familiares em geral, “laranjas”, parceiros, comodatos, etc, que lidam, principalmente, com a bovinocultura de leite. As principais causas da inadimplência são os desvios de finalidade dos financiamentos, a falta de acompanhamento técnico, itens financiados em série sem avaliação do por parte do produtor, hábito histórico do agricultor em esperar por processos de anistia, isso causou uma inadimplência grande, acesso ao crédito por pessoas que não teriam direito., emissão de DAP para não pronafianos, crédito utilizado para fins políticos, utilização de “laranjas” para acessar o crédito, financiamento a produtores que não possuem terra suficiente para desenvolvimento da atividade e documentação falsa (recibos e outros).

De acordo com o representante do Banco do Nordeste, a tolerância de inadimplência é só de 10%. Sendo assim, o município fica impossibilitado de fazer o PRONAF B, com exceção de renovação para os que estão em situação regular.

Anselmo informou, ainda, que os inadimplentes seriam inscritos na dívida ativa da união, ficando impossibilitados de contrair empréstimos e o que é pior: perder o direito a aposentadoria. Dessa forma, foi sugerido fazer um diagnostico do município, através dos presidentes, informando a real situação dos inadimplentes, objetivando a redução do índice de inadimplência do município.